Os
Castros são vários na grandeza e na tipologia. Se os há
de área relativamente extensa, bem defendida por uma ou
mais ordens de muralhas, a poder acolher algumas centenas
de habitantes, (o caso do Castro do Vilarelho - Alijó e o
do da Touca-Rota - Pópulo), outros há cuja cintura
defensiva não abrigaria mais de duas ou três casas (caso
do castro da Burneira).
E, como geologicamente o concelho não se apresenta homogéneo,
pois acusa duas zonas bem diferenciadas, separadas por
terrenos de transição - uma xistosa e outra granítica,
- os castros revelam no material empregado e na técnica
de construção que este permitia, a diversidade daí
resultante.
É natural que alguns tivessem sido levantados já em
plena dominação romana, para local de estabelecimento
das legiões em missão de soberania ou policiamento das
extensas vias por onde se deslocavam comerciantes e
funcionários do império.
Além dos que se vão enumerar outros havia denunciados
pela toponímia local, mas que se encontram ocupados agora
precisamente pelas actuais povoações (Vilarinho de
Cotas, Franzilhal e Ribalonga, ou no caso de Sanfins do
Douro, pelo Santuário de Nossa Senhora da Piedade,
onde, porém, se notam claros vestígios). Aí se
encontrou, há anos, um valioso achado numismático,
constituído por sessenta e quatro moedas de diferentes épocas
que iam desde as Guerras Púnicas ao Império de Tito, não
falando numa moeda inédita, atribuída a Nero.
Todos
eles denunciam nítidos indícios de romanização,
encontrada de igual modo em outros testemunhos que falam
com eloquência da passagem demorada dos senhores da velha
Roma.
Pelas ruínas que se encontram ainda, puderam
inventariar-se em todo o concelho os seguintes castros:
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