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Editorial de STªEugénia - 4

 

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<<     A HISTÓRIA de STªEugénia, por J.N.Reis - Falar de Santa Eugénia, é deixarmo-nos envolver por um certo transe, deslizando a tinta ao sabor daquilo que nos ocorre no pensamento, é sentirmo-nos num espaço tão ínfimo, mas tão grande, tão nobre, que todas as palavras que se possam utilizar, é apenas um pouco daquilo que sentimos desta maravilhosa terra.

e da 1ªGuerra>>                                                                                          

Falar de Santa Eugénia, é deixarmo-nos envolver por um certo transe, deslizando a tinta ao sabor daquilo que nos ocorre no pensamento, é sentirmo-nos num espaço tão ínfimo, mas tão grande, tão nobre, que todas as palavras que se possam utilizar, é apenas um pouco daquilo que sentimos desta maravilhosa terra.

Freguesia com profundas raízes históricas, materializadas no belíssimo património cultural e na memória colectiva das suas gentes.

São múltiplas as potencialidade turísticas: a beleza natural das suas serras, as aprazíveis paisagens, o rio «Tinhela», a gastronomia e o património arqueológico, construído, etnográfico e artístico, constituem a identidade natural e cultural desta belíssima aldeia.

Orgulhamo-nos pois de expor e tornar acessível a todos, através desta nova forma de comunicar, os traços gerais que caracterizam esta terra «Transmontana». Quem nos visita pela primeira vez, dificilmente escapa ao desejo de visitar novamente este lugar deslumbrante.

Autor :

José Nogueira dos Reis

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Agradecimento

 

 

Agradeço a Deus, a meus pais, a toda a população de Santa Eugénia, a mim próprio e a meus filhos, tudo o que sou, fui e serei.

Não posso deixar de aqui fazer referência a um verso que escutei numa desgarrada ao «desafio» - O meu avô foi a semente e a minha avó foi a terra.

Historial

Historial de Santa Eugénia:

1- Historial : Santa Eugénia, situa-se a cerca de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.

Tem a área Aproximada de: 779 ha

As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos; A Sul - Carlão; A Este - Candedo(esta do concelho de Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão)

Orago: Santa Eugénia

Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa Bem Vinda, Bem Aparecida, de Boa Linhagem

Os Primeiros Povos remontam ao período Megalítico; Comprova-o o facto de nas redondezas existirem ainda Pinturas Rupestres, Dolmens e Antas; aqui segundo se conta uma pintura Rupestre foi destruída aquando da busca de Volfrâmio (contou-mo variadissímas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique Novo e Artur Coelho dos Reis. Prova-o também o seu culto de origem sueva.Da época Romana existe, em pleno estado de conservação, uma «Fonte de Mergulho», aqui denominada «Fonte de Baixo».

Marca de tempos remotos, estão, bem patentes, na «Laje do Concelho»

  Laje do Concelho

Concelho -  substantivo masculino.

Significa : Circunscrição administrativa;

Subdivisão de Distrito;

  Município.

Latim conciliu.

Significa Assembleia.

É precisamente da acepção Latina, que esta «Laje do Concelho», herdou o nome. Era o local onde os «vizinhos»(antigo nome dado aos habitantes bons), se reuniam em assembleia, quer para eleger os seus dignos representantes junto de entidades hierarquicamente superiores(exemplo: Nos órgãos concelhios), quer para resolver problemas respeitantes a si próprios e/ou à localidade. Servia também de «Tribunal Moral», isto é:

Ali eram publicamente denunciados os maus actos e seus praticantes. O malfeitor, ou se emendava, ou era simplesmente arredado do mais simples convívio com os vizinhos.

Por sorte do destino, tinha esta «Laje do Concelho» uma outra função. Era precisamente o local de marcação limite, da altitude máxima permitida pelo Marquês de Pombal, para autorização de «benefício».

Esta mesma «Laje do Concelho», situa-se precisamente no inicio da rua Marquês de Pombal. Coincidência ou propósito desta estranha relação, entre a «Laje do Concelho»(um pouco abaixo dos 500 metros de altitude) e a rua «Marquês» de Pombal (autor da marcação da mais antiga região demarcada), com toda a modéstia, não o sei. Acho apenas uma coincidência demasiado coincidente.

Vou, para um melhor entendimento deste sítio, fazer uma retrospectiva histórica, de uma forma sucinta;

Pelouro D.João I, por carta Régia de 13 de Junho de 1391, descreve as grandes tropelias que as eleições para os concelhos provocavam Grandes Sayoarias e rogos, através das quais só se criavam grandes ódios entre os «vizinhos».

Na dita carta Régia determinava-se o 1º recenseamento eleitoral que Portugal teve. Nele se mandava que os oficiais do governo fizessem «róis».(...) o nome era escrito num papel separado e metido numa bola de cera, chamada pelouro daí o nome dos actuais pelouros das vareações eram estes, por sua vez, metidos numas caixas a que hoje damos o nome de urnas e então se chamavam «capelos».

Mas as queixas de fraudes eleitorais continuaram, pois, tem-se conhecimento de que esse problema foi posto também nas cortes de Évora de 1451.Outras dificuldades atravessou o processo de eleição dos «edis», e não menor foi a de em certos concelhos haver tantos indivíduos com privilégios religiosos ou dados pelo rei, que por eles se esquivavam os cargos para que eram eleitos. Estou absolutamente convencido, de que estas fraudes e problemas, sempre se mantiveram, mas, também, a necessidade dos «vizinhos» de beneficiar de um executivo local, que compreende os problemas da terra e dos homens do respectivo concelho.

Então, os caciques, ontem como hoje, procuram eternizar-se no poder. Uma das formas mais antigas de o fazer, era e é, amedrontar os mais necessitados. Para tal, é absolutamente necessário, exercer algum modo de pressão e/ou controle. A fórmula aqui encontrada (e não só aqui), era dar-lhe uma aparência «séria», fazendo eleições para escolha «livre ?», pelo menos na aparência, mas de dedo no ar!!!. Porque assim, as pessoas de condição social inferior, com medo de represálias futuras, elegiam     quem os mais privilegiados queriam. Essas eleições, eram realizadas na LAJE DO CONCELHO .

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