O Trabalho e a Personalidade
Realizado por:
José Nogueira dos Reis
O Trabalho e a Personalidade
Originariamente, a palavra pessoa designava a máscara que o actor punha no rosto (latim, persona, litchina,
no antigo russo, litchnost, no russo actual), passando depois a designar o actor e o seu papel: a pessoa do rei, do acusador,
etc. Com o tempo a excepção da palavra estendeu-se ao mundo interior do indivíduo
Ao longo da evolução histórica, o trabalho modelou o homem; a sua acção determinante na formação da pessoa
humana continua nos nossos dias. Esta é uma tese que tanto partilham filósofos e psicólogos materialistas como idealistas.
Estranho, é não abundarem trabalhos e/ou estudos interessados em mostrar as particularidades e as leis
da génese das diversas qualidades da personalidade nas condições concretas do trabalho.
Materialista: Esta por sua vez cindiu-se, em duas correntes. 1ª- assenta em posições biológicas; 2ª- assenta
em posições sociológicas.
Tendência idealista: è a ideia de unidade do espiritual e da pessoa, cujas raízes mergulham em Platão,
que está na base da filosofia idealista moderna do personalismo.
Na teoria dos grupos e dos indivíduos no processo de trabalho define-se a exposição relativa às qualidades
da personalidade e da sua co-relação com o trabalho. Deva-se ter especial atenção
às qualidades que se inscrevem nos vários aspectos da estrutura funcional dinâmica da personalidade.
B. Bowne e J. Royce, fundadores do personalismo, consideram a personalidade uma substância «supra-individual»,
cuja mentalidade a manifesta, tanto em relação à essência física como à essência psíquica, na sua opinião, a substância da
pessoa forma o «nódulo», que está rodeado de «esferas» empiricamente reconhecíveis: o temperamento, o carácter, as capacidades.
Pertencente à ordem inteligível e pensado como ser fenoménico, pode acontecer ao mesmo tempo«pois que uma
coisa na ordem dos fenómenos(...)esteja submetida a certas leis, de que essa mesma coisa ou ser em si, é independente, isso
não contém a mesma contradição, porque no 1º caso o homem pensa-se afectado pelos sentidos e, portanto, como pertencente ao
mundo inteligível.
Boa-vontade Agir por puro respeito pela lei.
Razão prática dinamismo ou uso moral da razão.
Felicidade conjuntamente com a vontade constitui o Soberano Bem .
Respeito observância por respeito à lei; em conformidade c/a lei; por obediência à lei e não por outra
razão.
Capacidade de calculo
Capacidade de raciocínio
Capacidades criativas
Capacidades directamente ligadas ao trabalho
Capacidade de comunicação
Capacidades Pessoais/Interpessoais
Humanas
Desenvolvimento Pessoal
Atitudes e Comportamento
Comunicação e Relacionamento
Motivações
Mudança
Normas, Valores e Quadros de Referência
Pessoas
Actividade Física
Bom Salário
Criatividade
Elevada Realização
Independência
Liderança
Prestigio
Risco
Segurança no Emprego
Trabalho com Pessoas
1- Processos Psíquicos
2- Estados Psíquicos
3- Propriedades Psíquicas
1- Sensações, percepções, memória, reflexão, etc.
2- Vigor, Fadiga, Actividade, Passividade, Irritabilidade,
e os Diferentes Estados de Espirito
3- Estas são mais estáveis, embora sejam variadas. As modificações
pela evolução biológica do homem, compreendidas entre a nascença e a velhice. Mas são sobretudo modificações quando expostas
a influências das condições sociais e da educação.
Está intimamente ligado ao conceito de Ego
Total de Respostas- 233
Perseverança |
71 |
30% |
Iniciativa |
38 |
16% |
Constância no Esforço |
32 |
14% |
Coragem |
28 |
12% |
Resolução |
19 |
08% |
Organização |
13 |
06% |
Independência |
13 |
06% |
Desejo de Instrução |
12 |
05% |
Assiduidade |
07 |
03% |
Total |
233 |
100% |
Uma Relação Existe sempre em Função de Mim Mesmo.
O Animal não está em relação com o que quer que seja, não conhece qualquer relação.
Para o animal, as suas relações com os outros não existem como relações.
Pela consciência, no plano ontológico, como fenómeno psíquico.
E, no plano ontológico, como se sabe, não se pode qualificar de subjectivo, num fenómeno psíquico.
No plano ontológico, os fenómenos psíquicos, com inclusão das relações psíquicas são objectivas.
Quando conscientes, enquanto forma superior, que é pertença única do homem, das relações psíquicas, surgem
num lugar onde se constituem as operações do«Eu» e do «Não-Eu».
A forma da Relação Pessoal que põe o Ego em evidência (ofensa, timidez, medo, etc.) é dado ao homem geneticamente.
A gama complexa das relações psíquicas que permitem compreender asa relações pessoais do homem no trabalho,
chama-la-emos de «série genética das relações.
O ganido de um cão espancado, o bebé que deixa de chorar quando lhe mudam a fralda representam relações
psíquicas extremamente primitivas.
Mas quando um cão baixa a cauda ao ver avançar um pau ou o bebé sorri ao ver aproximar-se a mãe, são relações
um tanto mais complicadas incontestavelmente.