José
Nogueira dos Reis |
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Santa
Eugenia - 5070/411 |
Agradeço a Deus, a meus pais, a toda a população
de Santa Eugénia, a mim próprio e a meus filhos, tudo o que sou, fui e serei.
Não posso deixar de aqui fazer referência a
um verso que escutei numa desgarrada ao «desafio» - O meu avô foi a semente e a minha avó foi a terra.
Historial de Santa Eugénia:
1- Historial : Santa Eugénia, situa-se a cerca
de 15km. de uma das saídas da I.P.4-Pópulo.
Tem a área Aproximada de: 779 ha
As Freguesias limítrofes são: A Norte - Pegarinhos;
A Sul - Carlão; A Este - Candedo(esta do concelho de Murça); A Oeste - Casas da Serra (lugar da freguesia de Carlão)
Orago: Santa Eugénia
"Orago
de Santa Eugénia" |
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José
Nogueira dos Reis |
Topónimo: Eugénia, de origem grega, significa
Bem Vinda, Bem Aparecida, de Boa Linhagem
Os Primeiros Povos remontam ao período Megalítico;
Comprova-o o facto de nas redondezas existirem ainda Pinturas Rupestres, Dolmens e Antas; aqui segundo se conta uma pintura
Rupestre foi destruída aquando da busca de Volfrâmio (contou-mo variadissímas vezes, Francisco Henrique, Francisco Henrique
Novo e Artur Coelho dos Reis. Prova-o também o seu culto de origem sueva.Da época Romana existe, em pleno estado de conservação,
uma «Fonte de Mergulho», aqui denominada «Fonte de Baixo».
Concelho - substantivo masculino.
Significa : Circunscrição administrativa;
Subdivisão de Distrito;
Município.
Latim conciliu.
Significa Assembleia.
É precisamente da acepção Latina, que esta
«Laje do Concelho», herdou o nome. Era o local onde os «vizinhos»(antigo nome dado aos habitantes bons), se reuniam em assembleia,
quer para eleger os seus dignos representantes junto de entidades hierarquicamente superiores(exemplo: Nos órgãos concelhios),
quer para resolver problemas respeitantes a si próprios e/ou à localidade. Servia também de «Tribunal Moral», isto é:
Ali eram publicamente denunciados os maus actos
e seus praticantes. O malfeitor, ou se emendava, ou era simplesmente arredado do mais simples convívio com os vizinhos.
Por sorte do destino, tinha esta «Laje do Concelho»
uma outra função. Era precisamente o local de marcação limite, da altitude máxima permitida pelo Marquês de Pombal, para autorização
de «benefício».
Esta mesma «Laje do Concelho», situa-se precisamente
no inicio da rua Marquês de Pombal
Marco
Pomb
Historia |
| alino |
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"Demarcação
da mais antiga região vinícola demarcada | . Coincidência ou propósito desta estranha relação,
entre a «Lage do Concelho»(um pouco abaixo dos 500 metros de altitude) e a rua «Marquês» de Pombal (autor da marcação da mais
antiga região demarcada), com toda a modéstia, não o sei. Acho apenas uma coincidência demasiado coincidente.
Vou, para um melhor entendimento deste sítio,
fazer uma retrospectiva histórica, de uma forma sucinta;
Pelouro D.João I, por carta Régia de 13 de
Junho de 1391, descreve as grandes tropelias que as eleições para os concelhos provocavam Grandes Sayoarias e rogos, através
das quais só se criavam grandes ódios entre os «vizinhos».
Na dita carta Régia determinava-se o 1º recenseamento
eleitoral que Portugal teve. Nele se mandava que os oficiais do governo fizessem «róis».(...) o nome era escrito num papel
separado e metido numa bola de cera, chamada pelouro daí o nome dos actuais pelouros das vareações eram estes, por sua vez,
metidos numas caixas a que hoje damos o nome de urnas e então se chamavam «capelos».
Mas as queixas de fraudes eleitorais continuaram,
pois, tem-se conhecimento de que esse problema foi posto também nas cortes de Évora de 1451.Outras dificuldades atravessou
o processo de eleição dos «edis», e não menor foi a de em certos concelhos haver tantos indivíduos com privilégios religiosos
ou dados pelo rei, que por eles se esquivavam os cargos para que eram eleitos. Estou absolutamente convencido, de que estas
fraudes e problemas, sempre se mantiveram, mas, também, a necessidade dos «vizinhos» de beneficiar de um executivo local,
que compreende os problemas da terra e dos homens do respectivo concelho.
Então, os caciques, ontem como hoje, procuram
eternizar-se no poder. Uma das formas mais antigas de o fazer, era e é, amedrontar os mais necessitados. Para tal, é absolutamente
necessário, exercer algum modo de pressão e/ou controle. A fórmula aqui encontrada (e não só aqui), era dar-lhe uma aparência
«séria», fazendo eleições para escolha «livre ?», pelo menos na aparência, mas de dedo no ar!!!. Porque assim, as pessoas
de condição social inferior, com medo de represálias futuras, elegiam
quem os mais privilegiados queriam. Essas eleições, eram realizadas na LAJE DO CONCELHO .
Figuras Ilustres, pré-25/4/1974:
José Cunha Cardoso
Foi Delegado de Saúde de Benguela, Homem de elevada filantropia, contribuiu para prolongar a vida de
muitos habitantes desta freguesia.
Manuel José Guerra Santos Melo
José
Nogueira dos Reis |
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"Onde
nasceu, cresceu, brincou,pensou e morreu o avô de meus filhos |
Responsável por: Luz eléctrica; Água Pública;
Casa do Povo; Reparação da Capela de Santa Barbara, Igreja Matriz, Cemitério, Escolas. Para além da água ser explorada numa
sua propriedade, ainda hoje, quando existe escassez de água, a sua família põe uma torneira de água a correr para toda a povoação.
Pós 25/4/1974:
António Alves Martinho
Grupo
Parlamentar do Partido Socialista |
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António
Alves Martinho, fez parte em 2 Mandatos | Do qual fez parte.
Deputado na Assembleia da República, em dois mandatos consecutivos. Grande defensor do «Douro» e principalmente
dos durienses. Conhecedor das dificuldades destas terras, nunca se escusou a esforços, quer na defesa da melhoria das condições
sócio-económicas, quer na defesa dos seus mais elementares direitos. Enquanto deputado na Assembleia da República, fez várias
visitas de trabalho à Casa do Douro, bateu-se galhardamente pela sua recuperação económica e pela recuperação da linha de
orientação da sua origem, que era a defesa intransigente dos lavradores do douro, seus associados. Foi sempre defensor de
uma forte representatividade dos pequenos e médios produtores do douro, nas instituições oficiais, e/ou representantes da
«região».Na continuidade desta orientação de defesa, que sua Exª, o senhor Doutor Martinho perfilhou, fez parte da Direcção
da Adega Cooperativa de Alijó.
Uma das suas paixões - ou não fosse ele uma figura de elevadíssima vontade de igualdade de oportunidades,
melhoria do factor social, acesso de todos à educação e à saúde - era o associativismo, como forma aglutinadora do reunir
das gentes, do reflectir, do ensinar, do aprender, do divertimento sadio, do desenvolvimento harmonioso da pessoa humana e
da maturidade democrática adquirida na mais pura convivência. Assim sendo, pode dizer-se sem receio de qualquer espécie de
inverdade, que a ele se deve, a sede do «Grupo Desportivo Cultural e Recreativo de Santa Eugénia. Obra que orgulha todos os
concidadãos desta terra, da qual ele foi co-fundador e Presidente vários anos .
Manuel Adérito Figueira
José
Nogueira dos Reis - Paços do Concelho |
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Onde
Manuel A.Figueira, é Vice-Presidente |
Vice-Presidente e Vareador do Pelouro de Obras na Câmara Municipal de Alijó. Dotado de uma capacidade
de trabalho em prol do bem público, fora do comum, defensor da cultura popular, suas tradições e festas, respeitador dos seus
mitos e ritos, a ele se deve, entre muitas outras coisas, a continuidade da «NOSSA FESTA». Foi também Presidente da Assembleia
Geral do Grupo Desportivo.
Sem prejuízo das outras terras, tem contribuído enquanto Vareador do Pelouro das Obras da C.M. de Alijó,
para o desenvolvimento do património edificado e do bem estar dos habitantes desta freguesia. A ele se deve em grande parte
a continuidade da existência do Centro Social.
Elias Martins Eiras
Presidente da Junta de Freguesia. É uma pessoa que eu, José Nogueira dos Reis, particularmente admiro.
Tem uma capacidade inata para a resolução de problemas, uma perspicácia enorme para o social e uma rara vontade de servir
os seus concidadãos. Começou ainda muito novo a «Apertar o Próprio Cinto», isto
é: Por necessidade e por seu próprio ser, ganhou para ele próprio desde a mais tenra idade. Ainda não devia ter 18 anos quando
imigrou para França. Aqui teve a oportunidade de conhecer outras gentes e outras culturas. Sendo um homem com uma abertura
e predisposição para aprender, a variedade de cargos, situações de trabalho, contacto com várias culturas, e, um Q.I. que
considero acima da média, deram lhe , melhor, proporcionaram-lhe uma aquisição de competências, que se fossem certificadas
estariam muito acima do que ele próprio imagina.
José Nogueira dos Reis
Rei «Branco»+ Rei
«Preto»= REIS
Ductilidade |
| Símbolo da sua universalidade e ductilidade
Homem de elevada filantropia, contribuiu fortemente para
o desenvolvimento cultural das gentes desta freguesia desde os jovens, aos adultos homem de um só caracter, de um só ser,
fosse qual fosse a fase da vida por que estivesse a passar. Foi fundador e Co fundador de todas as associações culturais,
de solidariedade, associativas, desportivas e/ou recreativas. Refundou o teatro, deu educação a adultos, foi promotor cultural,
fundador ( nesta freguesia ) do partido socialista, tendo contudo, sempre presente o desenvolvimento, independência e afirmação
destas gentes. Homem de uma simplicidade fora do comum, aparecia e desaparecia, quase sem se dar por ele!!. Pessoa sempre
pronta a compartilhar o seu conhecimento, nunca se esquivou a dar uma boa e útil informação, a procurar ele próprio informar-se
para informar. Fruto do seu avanço, quer para a época, quer em relação aos seus conterrâneos, trilhou caminhos amargos, que
só a ele prejudicaram, mas, que lhe serviram de ensinamento para segurar a queda de outros. Julgo mesmo, que o seu maior inimigo,
foi o seu avanço. Para se saber um pouco mais de este«SENHOR», VISITEM-SE OS SEUS SITES:
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Não posso deixar passar a oportunidade de aqui fazer referência a uma família, composta por:
dois irmãos, duas irmãs, sem esquecer aqueles que foram sua origem, ou seja seus pais.
São eles, José dos Santos Varela, sua esposa Dona Alice vilela e seus filhos.
José dos Santos Varela, é para mim uma figura única e ímpar. Nascido há quase um século, teve o amor e inteligência
suficientes para mandar «Formar» os seus quatro(4)filhos legítimos. Estes, por sua vez, prestaram a melhor vassalagem possível
aos seus amados pais; como? Sendo todos detentores de uma cultura e Q.I.muito acima da média, e, tão ou mais digno do que
isso, sendo todos possuidores de um espirito de solidariedade pouco comum, nos tempos que decorrem. As filhas, Dona Teresa
Varela e Dona Ester Varela - ambas professoras primárias, são inovadoras na forma de ensinar as crianças, deixando para trás
tempos de outras «Donas».Foram mesmo pioneiras de uma forma de ensinar(e eu fui seu aluno)justa, profissional e mesmo democrática.
Parabéns. Pessoalmente, sempre que os meus professores de ciclo ou liceu, me diziam: Bem aventurado o seu professor(a)da Escola
primária, ou parabéns ao professor(a)que teve na primária, eu respondia: Grato estou à minha professora de Admissão; Parabéns,
dou, por tudo quanto me ensinou e por nunca se esquivar ao trabalho de me preparar, quer para o ensino, quer para a vida,
à Exmª Dona Ester Varela, minha professora de Admissão, que julgo ter aprendido com ela em quatro meses, mais que muitos e
eu próprio, com outros professores, em quatro anos. Eu não tive a sorte de conhecer tão profundamente a irmã - Dona Teresa
Varela - mas, cresci e nasci na mesma aldeia que a viu nascer, fui seu vizinho e hóspede da sua SANTA sogra, e, julgo ter
o conhecimento suficiente, ao conhecer também seus filhos e marido, que a sua dignidade em nada é inferior à de sua irmã -
Dona Ester Varela - e minha professora de admissão. Em conversa com seu primo - Guilhermino Magalhães - sobre este tema,
ele disse-me: Zé, há duas senhoras que eu admiro imenso, uma é minha mãe, outra é a minha prima Teresa. Não posso deixar -
embora não seja natural desta aldeia - de referenciar o seu marido - senhor Manuel Martins - , como uma das pessoas mais rectas
e dignas que até hoje conheci. Obrigado por vir parar a esta Freguesia.
Conheci «Professores», que faziam «bons alunos», daqueles que já iam ensinados, aos outros, nem cartão lhe
passavam. Agora estas Senhoras com S grande, nunca se pouparam a esforços para ensinarem todos os alunos, de acordo
com as necessidades de aprendizagem de cada um.
Os filhos, o mais velho - Carlos dos Santos Varela - é um grande empresário, que após encontrar o estrelato
que ele próprio e com muito sacrifício soube criar, não esqueceu as suas raízes, vindo investir na sua terra natal, dando-nos
autênticos conselhos/lições sob a melhor forma de tirar proveito das terras, enveredando ao mesmo tempo pela constante busca
de qualidade. Considero a sua empresa agrícola - "Sociedade Agrícola Quinta de Santa Eugénia" - uma universidade aberta a
toda a região, onde o binómio tradição e inovação, faz reinado. Exemplos destes, mais do que segui-los, devemos apoia-los.
Nesta ainda curta história da sua empresa agrícola, já teve o reconhecimento público da qualidade dos seus vinhos, quer "Vinho
do Porto", quer "V.Q.P.R.D.", ganhando várias medalhas de ouro e de prata. O caminho para a qualidade, inicia-se logo na escolha
do terreno, prosseguindo depois pela melhor exposição da cultura, escolha criteriosa das melhores castas, da altitude aconselhada
para produção do mosto pretendido(Porto, Espumoso ou V.Q.P.R.D.),acompanhamento permanente do evoluir da cultura(grau de maturação,
teor de açúcar, capacidade fermentativa, etc.),combate de doenças e ou pragas, até à escolha da rolha e do vasilhame.
O mais novo - José Manuel Vilela Varela - professor de Filosofia, é uma autêntica «enciclopédia», mas, quase
permanentemente aberta e ao dispor do Povo. É vê-lo irradiando a maior das felicidades, sempre que se apercebe que está a
contribuir para o avanço destas gentes. Devemos afirmar, antes que nos esqueçamos, que ele trava essa profilaxia há
muitos e longos anos. Há sem duvida pessoas - embora raras - que nascem não sei com que bichinho, que só lhes puxa para fazerem
bem. Julgo poder até dizer, que isso é a sua maior felicidade. Eu nunca me cansaria de o ouvir, cada conversa com ele equivale
a muitas horas de estudos/experiências, com a vantagem de não acontecerem erróneas interpretações ou deturpados conhecimentos
que o nevoeiro da minha ignorância pode ocultar. Cada «discussão» com ele, é uma viagem à terra do conhecimento, sem medo
do «Pecado original».
Habitantes-511
Residentes-HM-410-H-191,(
com mais de 18 anos);
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Famílias-191
Alojamentos-223
Edificios-215
No reinado de D.Sancho II., Santa Eugénia, fazia
parte do concelho de Alijó.
Em 1258, nas Inquisições de D.Afonso III, Aparece
no concelho de Murça.
Em 1269, D.Afonso III, ao confirmar o foral de
seu irmão, dado a Alijó, ainda inclui de forma condicional, Santa Eugénia no concelho de Alijó.
A verdade é que no recenseamento de 1530, (reinado
de D.João III), Aparece no concelho de Murça. Só regressou a Alijó com a reforma administrativa de 1853.
Actualmente, StªEugénia, tem cerca de 520 habitantes,
dos quais 410 são nela residentes; Assim distribuídos por sexo: Homens - 191 ;
Em 1801, segundo consulta efectuada na Biblioteca
Municipal de Vila-Real, já existiam 618 habitantes em 118 edifícios, dos quais, 265 eram do sexo feminino.
Em 1849, existiam 417 habitantes em 140 fogos(edifícios,
melhor, famílias). |
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